Roteiros pretendem "equilibrar a cidade no feminino e no masculino"
O livro "4 roteiros feministas na cidade de Lisboa" será lançado na quinta feira, pelas 19:00, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Lisboa.
Os quatro itinerários propostos partem de uma abordagem às colinas de Lisboa: na colina da Graça situam-se os roteiros 1 e 2, a partir dos quais, nomeadamente dos miradouros da Graça ou da Senhora do Monte, se adivinham as colinas das Chagas (Largo do Carmo e envolvente), de Santa Catarina (Largo Camões até à Calçada do Combro) e de São Roque (Bairro Alto), que os roteiros 3 e 4 percorrem.
A obra, desenvolvida em parceria pela UMAR e pela equipa de investigação Faces de Eva-Estudos sobre a Mulher, da Universidade Nova de Lisboa, foi vencedora em ex-aequo (com a AMI-Assistência Médica Internacional) do Prémio Municipal Madalena Barbosa 2009, com o projecto Memórias e Feminismos na Cidade de Lisboa.
Isabel Lousada, investigadora do Faces de Eva e uma das promotoras do evento, disse à agência Lusa que os roteiros - que descrevem caminhos, ruas, etc. - vêm "equilibrar e mostrar que a cidade não é feminina nem masculina".
Sustentando que tem havido "avanços na igualdade", a investigadora sublinhou "o muito que há a fazer para que as discriminações sobre as mulheres, no mundo, possam ter fim".
Já Manuela Góis, da UMAR, "atreve-se" a dizer que os roteiros "são dedicados a todas as pessoas que lutaram para que Lisboa fosse uma cidade de liberdades".
"Com os Roteiros Feministas, partimos à aventura pela cidade de Lisboa com uma lupa especial, a fim de recuperar e tornar visível a voz e o protagonismo das mulheres nas suas trajectórias individuais e lutas colectivas", explicou.
A obra pretende "quebrar os muros do esquecimento a que têm sido votadas todas aquelas que se bateram em movimentos emancipatórios", sustentou.
A apresentação do livro será feita pela jornalista São José Almeida e contará com a participação da secretária de Estado da Igualdade, Elza Pais, da vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, Catarina Vaz Pinto, do historiador João Gomes Esteves e da professora Zília Osório de Castro, entre outros.